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  • Por Claudia Araujo, 10/08/2017

Claudia Araujo por Claudia Araujo

Escolhi a minha profissão aos sete anos de idade, uma opção entre o bandeirantismo e a dança. Tive o prazer de um aprendizado rico e essencial de origem russa (berço da dança) com a bailarina Juliana Yanakiewa, em Niterói.

De aluna a profissional, normalista aos 18 anos, iniciei a carreira de professora de balé clássico na minha residência e fundei, dois anos depois, o Ballet Claudia Araujo, em Icaraí.

Como bailarina, ingressei na Associação de Ballet do Rio de Janeiro sob a direção de Dalal Achcar. Nessa Companhia, participei da primeira montagem nacional de “Floresta do Amazonas”, de Heitor Villa-Lobos: com coreografia de Frederick Asthon e Dalal Achcar; e os bailarinos Margot Fonteyn e David Wall, ambos do The Royal Ballet, de Londres, em 1975.

Na ABRJ, tive um aprendizado de excelência e a oportunidade de estar com solistas da Ópera de Paris, do Royal Ballet, do American Ballet Theatre. Neste último, fui agraciada por Fernando Bujones com uma bolsa de estudos em Nova York.

Em Nova York, o universo da dança se abriu para mim: sapateado, jazz dance e dança moderna com Martha Grahan. Em audição, fui selecionada para L’École Mudra, escola de intérpretes da dança, com direção de Maurice Béjart, na Bélgica.

Em 1980, retornei ao Brasil para a Escola e fundei o meu grupo de dança independente, o “Grupo Clama”, que atuou em todo o território nacional durante 10 anos. Como coreógrafa, dediquei-me à remontagem e à adaptação dos balés de repertório: “O Quebra-Nozes”, “A Bela Adormecida”, “Coppélia”, “O Lago dos Cisnes”, entre outros, por retratarem a história da dança. No universo infantil, atuei e coreografei musicais como “A Arca de Noé”, de Vinícius e Toquinho; e “O Boto e o Raio de Sol”, baseado no livro de Arnaldo Niskier.

Ampliando o meu legado, iniciei em 2002 atividades do ensino da dança no município vizinho, São Gonçalo. Atualmente, em Niterói, na Academia Tio Sam (Camboinhas) em Icaraí e São Gonçalo, tenho promovido oficinas, mostras, intercâmbios e produção de espetáculos de dança.

Hoje, colho frutos da semente da dedicação e do amor à dança. São profissionais espalhados pelo mundo, que transmitem, articulam e promovem a Arte da Dança.

Claudia Araujo

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